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19/10/2021 - 16:38 | Atualizada: 20/10/2021 - 18:38

Ex-secretário revelou que Emanuel Pinheiro ‘vendeu cargos’ na saúde em troca de apoio político

A operação que culminou no afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) da Prefeitura de Cuiabá, na manhã desta terça-feira (19), é resultado de depoimentos do ex-secretário de Saúde, Huark Correia junto ao Ministério Público (MP). Segundo o ex-gestor, ao menos 250 pessoas foram contratadas de forma irregular.
 
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Conforme o processo, o caso foi exposto à Justiça neste ano, logo após a segunda prisão do ex-secretário. Ele também é investigado por contratação ilegal na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
 
Segundo Huark, as contratações irregulares de servidores temporários teriam sido realizadas para atender interesses políticos do prefeito Emanuel Pinheiro. Emanuel Pinheiro teria dito ao secretário que as contratações seriam um “canhão político”, levados por indicação política, especialmente de vereadores.
 
A secretária-adjunta de Governo, Ivone de Souza, seria a pessoa responsável pelas contratações. A maioria das pessoas sequer tinham formação na área da saúde.
 
“Ao ser questionada, Ivone dizia apenas que cumpria ordens do prefeito Emanuel Pinheiro, acrescentando, ademais, o acordante, que o próprio prefeito chegou a cobrar dele os contratos entregues por Ricardo Aparecido Ribeiro, mas que ele se negou a assiná-los, tal como acima foi dito”, diz trecho da decisão.
 
Operação Capistrum

Deflagrada na manhã desta terça-feira (19) pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), a operação decretou busca e apreensão e sequestro de bens em desfavor do Prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro, sua esposa Márcia Aparecida Kuhn Pinheiro, do Chefe de Gabinete Antônio Monreal Neto, da Secretária Adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos Ivone de Souza e do Ex-Coordenador de Gestão de Pessoas Ricardo Aparecido Ribeiro.

Na mesma operação,  Emanuel Pinheiro foi afastado do cargo de prefeito, e Antônio Monreal Neto e Ivone de Souza dos cargos de secretários. Além disso, Antônio Monreal Neto foi preso por obstrução à justiça.
 
 
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