O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ingressou com uma ação civil pública na Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular da Capital pedindo o afastamento prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) por 180 dias.

No documento, do dia 13 de setembro, os promotores Marcos Regenold Fernandes, Marcelo Lucindo Araújo, Clóvis de Almeida Júnior e Gustavo Dantas Ferraz reiteram a solicitação do bloqueio de R$ 16 milhões em bens e imóveis do emedebista, como reparação aos danos causados aos cofres públicos.

Emanuel é acusado ter usado o seu chefe de gabinete, Antônio Monreal Neto, que se encontra preso no Centro de Custódia de Cuiabá, para atrapalhar as investigações do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) durante diligências na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

No autos do processo, o MPMT resgatam o episódio em que Emanuel foi exposto em rede nacional de televisão colocando maços de dinheiro no bolso do paletó, quando era deputado estadual.

“Nem é preciso relembrar que o próprio Réu Emanuel Pinheiro, há pouco tempo, quando era deputado estadual, fora flagrado em cena lamentável de recebimento de propina, segundo os delatores Silval Barbosa e Sílvio Correa, naquele que se tornou conhecido como escândalo do paletó, até hoje sem explicação plausível pelo prefeito”, diz trecho de documento obtido pelo Olhar MT.

Emanuel já se encontra afastado do cargo temporariamente desde  a última terça-feira (19), quando foi deflagrada a Operação Capistrum pelo Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco).
Cabe ao juiz Bruno D'Oliveira acatar o pedido do órgão ministerial.

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