Sexta-feira, 19 de abril de 2024
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Artigos ​Cristhiane Brandão

Sua empresa está preparada para um futuro sustentável?

Não é mais apenas uma questão de gerar “lucro”, mas desenvolver ações que promovam o bem-estar social e impactem positivamente o mundo.

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ODS e as práticas ESG "Environmental, Social and Governance" (Ambiental, Social e Governança) estão fortemente conectados. Se as organizações trabalharem para implantá-las corretamente, isso contribuirá para que essas metas mundiais sejam alcançadas. Sua empresa já apoia esses objetivos para um futuro mais sustentável?

Neste mês em que os grandes líderes globais participaram da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 26 da Dinamarca e Escócia, é importante levar a mensagem do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) de que as empresas têm papel essencial no cumprimento da Agenda 2030 e que esta deve ser uma meta “de todos nós”: 

Desenvolver soluções para desafios globais, redefinir seu sucesso com base em propósito e promover uma liderança centrada no ser humano. Temos uma década de ações em que “todos podemos gerar impactos positivos nas nossas atividades, basta um olhar atento e uma análise cuidadosa de cada decisão de negócio”, como bem ensinou Clarissa Sadock, CEO da AES Brasil Energia. 

“Somente por meio da parceria com empresas poderemos efetivamente enfrentar a crise climática, as desigualdades, o racismo sistêmico, a confiança decrescente nas instituições e outros desafios antigos que a pandemia intensificou”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. 

Isso quer dizer que as empresas precisam ampliar sua visão de negócio. Não é mais apenas uma questão de gerar “lucro”, mas desenvolver ações que promovam o bem-estar social e impactem positivamente o mundo. Os 17 ODS passam pela erradicação da pobreza, fome zero e agricultura sustentável, saúde e bem-estar, educação de qualidade, igualdade de gênero, água limpa e saneamento.

Também pela energia limpa e acessível, trabalho de decente e crescimento econômico, inovação e infraestrutura, redução das desigualdades, cidades e comunidades sustentáveis, consumo e produção responsáveis, ação contra a mudança global do clima, conservação e uso sustentável dos oceanos, paz, justiça e instituições eficazes, bem como de parcerias e meios de implementação desses objetivos.

O Brasil pode ser protagonista em relação às soluções baseadas na natureza, já que apresenta a maior biodiversidade e a maior floresta do planeta. E Mato Grosso, além de ser o maior produtor mundial em diversas commodities (soja, algodão, carne, milho, etc), possui hoje mais de 62% do seu patrimônio natural conservado, mas, deve avançar na implementação das outras metas, para ser exemplo em outras áreas.

Desenvolvimento sustentável significa “não deixar nenhum cidadão para trás”, portanto, não combina com miséria, desemprego, trabalho degradante, consumo irresponsável, poluição e assoreamento dos nossos rios e córregos. Quando iríamos imaginar uma crise hídrica nas proporções que vivemos este ano, em que o Rio Paraguai, no Pantanal, chegou ao seu menor nível em 50 anos? 

Infelizmente, estamos aprendendo da pior forma que os recursos naturais não são “infinitos” e que impactam a vida e a economia. Com a pandemia, houve mudança muito rápida na mentalidade da sociedade, que tem a expectativa de que as organizações tenham um propósito atrelado ao seu papel social. 

Uma pesquisa recente feita pela Pacto Global no Brasil mostrou que mais de 90% dos consumidores acham entre “muito importante” e “importante” as empresas terem um propósito que abranja contribuição social, solidariedade, defesa de causas importantes, cuidado com as comunidades e o meio ambiente. 

A decisão de compra da população já sofre influência de quesitos como comportamento ético, tratamento dos funcionários, autenticidade, diversidade e inclusão, impacto ambiental em toda linha de produção da empresa e a afinidade com os valores. O desafio é compreender como isso afeta o seu negócio e o entorno e incluir o quanto antes os ODS na sua estratégia, porque isso é se preparar para o futuro.  

​Cristhiane Brandão

​Cristhiane Brandão
É conselheira de Administração em Formação, Consultora em Governança & Especialista em Empresas Familiares. Sócia fundadora da Brandão Governança, Conexão e Pessoas.
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